Monthly Archives: Julho 2013

Na Feira de Carcavelos

Um destes dias da semana acordei com uma música já bem antiga, uma música que remonta aos tempos áureos da boa música dos anos 90, que é do conhecimento de todos nós, para aqueles que nasceram, mais concretamente, nos anos 90. Uma das minhas músicas favoritas, de Haddaway, What is Love (Baby don’t hurt me) (para quem não conhece fica aqui o link: http://www.youtube.com/watch?v=-6g-Vh4vcD0). Mas ouvia lá bem longe… ensonada como estava,… só depois é que percebi que era o meu telemóvel. Levantei-me da cama e corri para a sala, onde tinha deixado o telemóvel a carregar. Olhei para o visor e vi que era a desnaturada da Gisela. Uma antiga colega minha, das aulas de mestrado.

Bom, quando reparei que era ela, por momentos pensei em não atender, mas por fim, acabei por atender:

– Olá!

– Oi, bom dia, dorminhoca! Então vamos sair?

– Onde queres ir a esta hora? É que ainda são 7 da manhã!

– Vá a menina arranje-se que, passo por aí às 8, em ponto! Até logo!

Nem me deu tempo, de dizer que sim ou que não… então não tive outra solução. Tive mesmo de ir. Eu até nem gosto muito dela, visto que, é uma interesseira e só telefona quando quer algo.

Bom, hodiernamente toda ou quase toda, a sociedade é assim.

Como sempre, chegou atrasada. Mas ao menos, disse-me logo, assim que entrei, no seu novo Mercedes, onde íamos. Eu reparei logo que, queria qualquer coisa… sempre fora muito vaidosa e a sua ideia era, mostrar o carro novo.

Bem, lá fomos nós à feira de Carcavelos, só não percebi o porquê de levar este tipo de automóvel para uma feira, mas adiante. Eu também precisava de, comprar certas coisas que, nas lojas de rua, (que tendem a acabar com, esta crise) são mais caras. Mas mesmo que, fosse ao Centro Comercial, também encontraria preços, ligeiramente inflacionados. E se, quisermos comprar alguns artigos em lojas de marca e, virmos nessas lojas, preços mais em conta, temos de desconfiar… É que praticar tais preços, têm de fazer os artigos na China ou no Vietname! Pois é, assim deste modo que, fazem… e julgam-se muito inteligentes ao fazê-lo, só que se esquecem da vertente humana, ou seja, a mão – de – obra barata… que trabalha, muitas vezes, em troca de pão. É vergonhoso!

Continuando, quando eu e a Gisela chegámos à feira de Carcavelos, referi que, precisa de uma mala chique, para ir a um casamento no próximo mês de Agosto. Assim que, lhe disse ela soltou risadas e começou a cantarolar a música da novela de Destinos Cruzados (que aqui vos deixo o link: http://www.youtube.com/watch?v=4F8pVMNPY2w).

Eu já não a podia ouvir, mas enfim… Passámos por muitas “montras” e cada “Lello” gritava seu pregão:

– É a 5 euros! – de uma das bancadas.

– É a 3 euros! – de outra bancada.

E nisto chegámos, à bancada de uma velhota que, estava a vender panelas e tachos. E Gisela parou e disse-me:

– Ah! Encontrei o que vim comprar!

– Panelas e tachos? – disse eu.

– Olha, não te disse, mas vou viver com o meu companheiro.

– Ok, parabéns. Quando é o casório?

– Mas qual casório, qual quê? Há mais vantagens em viver em união de facto do que casar! Olha, no IRS é mais vantajoso estar sozinho, do que casado,…

– Mas tu estás desempregada?! Como vais arranjar dinheiro para, comprar casa?

– Estou desempregada, mas já acabou o subsídio de desemprego, agora recebo o Rendimento Social de Inserção e claro que não vou comprar casa, vou morar na casa dos meus “sogros”, de qualquer forma, não vou contrair um empréstimo, porque não tenho fiadores. Os meus pais e os meus futuros sogros recebem pouco salário… e quando apresentámos o IRS (dos meus pais e dos meus sogros) ao banco, foi-nos negado o empréstimo… também qualquer dia, seremos nós a emprestar dinheiro ao banco. E claro,… Temos que, nos valer das lacunas da lei e forjar o IRS dizendo, os quase nenhuns rendimentos que, tenho.

– Mas tu não tens uma papelaria?

– Mais ao menos… É minha sim mas passei para o nome de outra pessoa, de propósito, para ter rendimento sem fazer nenhum. E depois, também estou grávida dar-me-ão alguma coisa.

– Quem?

– A Segurança Social! És mesmo burra!

– Caro, sou contribuinte!!!!!!

– E as mães solteiras só têm regalias! Ouvi falar que, pagam qualquer coisa, se pusermos as crianças na creche, quando vamos a alguma formação do IEFP!

– Bom, não percebi nada mas adiante! Compra o que tens a comprar! Estou cansada de “andar” aqui às voltas, quero ir para casa!!!!

– Ok, ok… não te aborreças. Bom, vamos ver as panelas e os tachos!

– Então, meninas! Aproximem-se! O material é bom e barato! – disse a vendedora.

– Bom, quero três panelas e um tacho. – disse Gisela.

– Está bem, minha filha. Aqui tem. São 100 euros!

– Tanto!- disse Gisela.

– O panelas do Portas comprou um tacho e ainda fez uma birra para eu descer o preço. E retorqui, dizendo que era irrevogável a minha decisão. Bem, lhe perguntei, o significado da palavra “dissimulado”, mas ele não respondeu. Eu ainda expliquei que, não tinha muitos estudos… o pouco que, sei aprendi com aquilo das… ai como se chama… ah, lembrei! Novas oportunidades.

– Pois,… desculpe mas, é um preço elevado, só para quatro artigos.

– Aprendi, com o aumento dos juros, quando o Sr. das panelas saiu! Mas não se preocupem meninas! O Cavaco pediu a Salvação Nacional. Então, não estou preocupada! Se a menina não quer, não leva! Havemos de ser salvos!

– Pois, isto se, o amante não se meter, entre as discussões conjugais da coligação.

– Acho melhor, para a Salvação Nacional um “ménage à trois” seguro.

– Sim, porque se assim não for, vamos para eleições antecipadas. E isso é mau.

– Mas se houver um entendimento, só haverá eleições antecipadas, em Junho de 2014.

– Pois, se calhar é melhor. Bom, Rita vamos embora?

-Sim, e já é tarde! Ufa! Olha, com isto tudo, esqueci-me de perguntar… a tua mãe está melhor?

– Está boa, porquê?

– Ouvi dizer que, está de baixa médica…

– Ah, isso! Não ela está óptima! Só pediu à médica, uns tempos de baixa… quis ir passar umas semanas, ao Algarve!

– Isso, não se faz! Existem muitos casos de baixa fraudulenta! Não está certo! Então, a minha vizinha é professora e não lhe deram baixa, mesmo com os relatórios do médico oncologista!!! Olha, vai lá no teu Mercedes que, deves ter comprado à minha custa que, eu prefiro ir de autocarro. Adeus!

Com tudo isto, meus caros leitores, digam-me… acham certo, todas estas falcatruas, à nossa custa?

Considero que, está na altura de dizer: BASTA!

(Para aceder à minha página do facebook do Silêncio que não quer Calar, deixo aqui o link:

https://www.facebook.com/#!/silencioquenaoquercalar?fref=ts e se quiserem ponham um “GOSTO”)

Silêncio que não quer Calar

Ainda não foi desta

Um dia, desta semana acordei ligeiramente mais tarde. O Sol já ia alto e irradiava a sua luz e brilho, acordando-me com a sua energia contagiante. Pulei da cama e fui tomar o pequeno-almoço que, a minha mãe me preparara. A televisão estava ligada no telejornal da manhã e aproveitei e vi o telejornal para ficar a par das notícias nacionais e também para saber com o que se passa lá fora, enquanto me deliciava com o meu croissant.

A minha mãe estava a estender a roupa lá fora e quando entrou em casa, mais propriamente na cozinha, local onde me encontrava a comer, deparou-se com o facto de eu estar sentada no chão. Minha mãe preocupada me perguntou:

– O que te aconteceu? Porque estás sentada no chão?

– Já viste hoje o noticiário? -Respondi.

– Não. Mas porquê?

– Primeiro digo-te, o porquê de estar sentada no chão. Sabes,… é que eu caí da cadeira abaixo quando ouvi certas notícias… E não sei se são boas ou más… Passo a explicar. Um dos Reis Magos, o Gaspar foi levar a mirra, para outras freguesias. O Portas bateu com a porta e o Coelho foi à caça do Portas. Percebes-te?

– Ok. O que bebes-te? De certeza que, não foi o leite com o chocolate que, te preparei… Olha, tocaram à porta e …

– Deve ser publicidade.

– Não. São aqueles teus amigos do tempo de Universidade. Vieram convidar-te para ires à piscina com eles.

– Ah, ok. Então olha, vou vestir o fato de banho e vou com eles.

– Diverte-te!

– Olha, quem cá está!!!

– Somos nós! Viemos chatear-te! -disse Ana.

– Vocês nunca chateiam.

– Então, pá! Vamos lá! Falamos no caminho. -disse João.

– Então vamos!

Já a caminho da piscina, no carro, comecei a contar o que vira e ouvira na televisão. Mas comigo e os meus amigos (a Ana e o João) também iam mais dois amigos. O Ruben e a Mara que nada falavam… tinham sido namorados na época da Universidade e, agora não se podiam ver à frente. Mas o João brincalhão como é, começou a contar piadas e o ambiente ficou mais alegre. Quando chegamos estendemos a toalha e continuámos a conversar.

– Vá, agora conta lá melhor essa história do Portas. – disse Ruben.
Depois de, ter contado, seguiram-se as opiniões. Cada um ditava sua sentença. Foi um alvoroço só. E diziam:

– Espetáculo! Já estava farto daquelas políticas de austeridade que, Gaspar impunha. E algumas, nem sequer, estavam no memorando da Troika. Posso até, dar um exemplo. O iva dos restaurantes e cafés passar a 23%, já foi coisa destes canalhas! – disse João.

– Calma! Não te exaltes assim. Ainda te dá uma coisinha má! Se bem que, os cortes que fizeram na saúde… só com seguros de saúdes é que ias lá. – retorquiu Mara.

– Pois dizes isso, porque não tens um café, como os pais do João têm! És funcionária pública. – retorquiu Ruben.

– Pois, é. Mas eu como professora que sou, querem-me obrigar a fazer as 40 horas semanais ou obrigar-me a trabalhar a muitos kms de casa ou até mesmo ir para a rua! Também é revoltante! – gritou Mara.

– Pouco stress. – disse Ana.

– O que fui eu dizer! Se soubesse não contava nada. – disse eu.

– E eu que estou desempregada? Pois, eu considero muito sensata a decisão de saída de Gaspar. Deviam ir todos é para a rua! Haver eleições antecipadas e ir para lá uma pessoa competente. Eu se isso acontecer votarei no PS. Mais vale jogar pelo Seguro. – disse Ana.

Nesta altura, eu e todos nos rimos e por momentos quebrou-se a tensão gerada, pelos nossos governantes.

– Bom, eu acho que deve haver uma remodelação no Governo e continuar com a reforma do Estado. Se não a tranche já não vem e Portugal só é autossuficiente por um ano. Deixa lá, as eleições. – disse Ruben.

– Pois, é verdade o que disse o Ruben. Até porque as bolsas já caíram e poderemos perder a credibilidade nos mercados financeiros internacionais. Com isto, é como se os sacrifícios que todos nós, principalmente os pensionistas, fizemos. – referi eu.

– Pois, tens razão… Só com esta brincadeira ou a melhor birra de Portas e com a saída de Gaspar, só num dia a bolsa portuguesa perdeu 2.650 milhões de euros (em capitalização bolsista). E todas as empresas mais importantes de Portugal, como: a Sonae, Jerónimo Martins, etc… caíram muito, nestes últimos dias. Mas o pior foram os bancos, principalmente o Banif que, foi o mais afectado e encheu as páginas de jornais nacionais e além-fronteiras. Verdade seja dita, foi um desastre e um descalabro total. Portanto, Ana considero que, agora não é a melhor altura para realizar eleições. E contra mim falo, visto que, sou empregado de mesa no café dos meus pais e, vejo todo o “santo dia” aquele e muitos cafés lá na rua “às moscas”. – disse João.

– Pois. Isso é tudo muito bonito. Todos vocês têm trabalho mas eu não. E já tenho 29 anos e qualquer dia envelheço sem ter descontado nada para a Segurança Social, e fico sem reforma! Isto é, se a Segurança Social tiver como me pagar. Tantos anos a estudar… licenciatura, mestrado, uma pós-graduação para nada. E o mais engraçado é que, quando vou a uma entrevista dizem que, tenho estudos a mais e o ordenado que, me podem pagar é o ordenado mínimo nacional… Mas o pior, é quando nem me chamam… Claro, não tenho experiência profissional e pedem sempre… mas como têm o descaramento de pedir se ninguém me dá uma oportunidade?! Ah, mas aconteceu-me recentemente uma coisa mais engraçada,… Eu fui ao IEFP, e estava à espera da minha vez e quando fui atendida disseram-me que a minha inscrição caducou, precisamente enquanto esperava pela minha vez. É o cúmulo. Fui lá, porque não recebia as cartas deles e fui tentar perceber o que se passava e depois fazem-me isto. Este País, assim não muito longe. – disse Ana.

– Eu também estou desempregada. Mas não posso desanimar, tenho de ir à luta, mesmo que tenha de emigrar. – disse eu.

– Bem, querem ir à água? Acho melhor pararmos com estas conversas. Viemos para nos divertir. Certo? – disse Ruben.

E em coro, todos respondemos animadamente:

– Sim!!!

Passámos o dia todo na piscina e viemos bem bronzeados. Quando chegámos a minha casa, já era hora de jantar e convidei-os a jantar todos na minha casa. A primeira coisa que fiz quando cheguei a casa, foi desligar o televisor, pois estavam a dar as notícias da noite e, para termos um jantar e um serão animado pusemos música, dançámos e para acabar vimos um filme no dvd acompanhado de umas pipocas.

Para concluir, é importante referir o seguinte:

Pois, considero que íamos perder muito tempo a, resolver todas as questões que envolvem as eleições, como as campanhas polífitas, eleições, orçamento de Estado e aprovação do Orçamento,… e com isto ficaríamos sem tranche, perderíamos a credibilidade no mercado, etc. É que, todos os factos que referi, demorariam e só se resolveriam em 2014 e como fazemos até lá?

Agora, digam-me meus caros leitores, será que seria mais adequado eleições antecipadas, conforme desejam os partidos opositores ou que, Passos Coelho e Paulo Portas façam as pazes?

Time of my Life

“Time of my Life”, significa “Tempo da minha Vida”… o espaço temporal em que, não tive a oportunidade de escrever os meus artigos (como gostaria) e de deliciar os meus leitores, com as minhas sátiras políticas e com os mais variados assuntos da actualidade nos quais, dava um toque refinado à critica que fazia.

Apesar de, não ter podido publicar os meus posts, espero dentro em breve, começar a escrever.

Mas, calma lá! Então o que estou a dizer? Dentro em breve?

Afinal, o que estou a fazer? Se não é escrever, então não sei o que é!?

Agora começo a perceber… Será que regressei?!

Estou de regresso!!!

Então, sendo assim, considero que, os meus leitores têm o direito de saber o, porquê da minha ausência.

Mas irei contar de uma forma que, me fará sentir, digamos mais “protegida”… depois verão o porquê.

“Era uma vez”, uma menina chamada Rita… E porquê este nome? Esse nome porque, o meu avô paterno e os meus pais quiseram, honrar a esposa e mãe que, tinha partido.

Mas, continuando,… essa menina tinha e tem olhos cor de azeitona e um cabelo cor de chocolate. Era e é a menina dos olhos da família e a alegria da casa! Cresceu feliz e contente! Apesar de, durante a adolescência ter ocorrido um dissabor… (que contarei um pouco mais à frente).

Até ao dia… em que, um príncipe encantado (pensava ela) pediu sua mão em casamento. Casou como uma princesa… como se fosse um conto de fadas!

Mas afinal era um sapo… disfarçado de príncipe!
Pelo Natal (de 2012) fiquei doente, intensificaram-se as crises convulsivas (este é o dissabor que falei à pouco… chama-se epilepsia o “Sr. Dissabor”). E no início de 2013, quando reparou que fiquei melhor, pediu-me o divórcio… O disfarce desapareceu e a máscara caiu, descobri que me traía, há já algum tempo e com um homem. Fiquei destroçada.

Agora já percebem a minha ausência?

Ah, já me esquecia… quando referi que, contaria de uma “forma mais protegida”, foi porque, quando se conta uma história às crianças, conta-se de uma forma bonita, mesmos os acontecimentos menos simpáticos… e neste caso, a “criança” sou e fui eu, visto que, assim como as crianças precisei de colo, carinho,…! A minha família foi o meu porto de abrigo, quando caí ao mar e não conseguia voltar a terra.

E neste momento, já estou bem para poder escrever aos meus leitores que, nunca me abandonaram! Aqueles que, continuaram a ver todos os dias o Silêncio que não quer Calar, mesmo quando não publicava.

Obrigado a todos!

E se quiserem podem aceder e pôr um “GOSTO” na minha página do facebook https://www.facebook.com/#!/silencioquenaoquercalar?fref=ts

Silêncio que não quer Calar